A palavra "bruxaria" deriva da palavra "bruxa", que é extremamente antiga, proveniente dos dialetos ibéricos e lusitanos antigos, algumas vezes atribuída a palavras latinas e outras vezes a palavras pré-latinas. Talvez, por causa dessa "mistura" sua origem seja um pouco obsura. Mas segundo a Paleolingüística, a palavra "bruxa" originou-se nos seguintes vocábulos:
- "Brouxos", do grego, que significa "larva de borboleta", que tem relação com os ritos e símbolos do culto de Hécate e de Perséfone, onde a borboleta representava alegóricamente a Psychai, a alma ou Corpo Astral que libertava-se do cadáver na morte, da mesma forma que a borboleta adulta liberta-se da crisálida. Esta palavra grega não tinha conexão direta como termo "feiticeira", que em grego era "goetês", "pharmakeutai" ou "theurgói". Mas o termo acabou relacionando-se às lendas das bruxas devido à similaridade fonética com outras palavras designativas para as feiticeiras.
- "Brouxa", do gaulês antigo, que significa "feiticeiro" e tinha o sentido de "aquele que utiliza as plantas", referindo-se às práticas de Projeção Astral induzidas por plantas psicodélicas dos druidas gauleses e dos goetês provindos da Grécia e de outras partes do Mediterrâneo. Deu origem ao termo gaulês "brixta", significando "encarnação" ou "feitiço", que originou mais tarde o gaulês medieval "brith-ron", com o significado "varinha mágica".
"Brouxa" originou-se do termo galo-romano "broiska" ou "bruska" e ao latim antigo "bruscum" ou "brusca", que é "planta selvagem não-cultivada", termo que designava as plantas psicodélicas usadas pelos feiticeiros no cozimento de poções e remédios.
O termo latino "brusca" é derivado do irlandês antigo "bruich", que significa "cozinhar", "preparar remédios vegetais". No latim popular, surgiu também o termo "bruscia" para designar diversas plantas usadas pelos feiticeiros, como a Hyla Arbórea ou árvore de sapo. - "Bruicheolai", do irlandês antigo, que quer dizer "cozinheiro" ou "sábio da cozinha". Proveio do gaélico arcaico "bruich", que é "preparar alimentos" ou "cozinhar" e disignava as práticas de cozimento de ervas medicinais e plantas psicodélicas em caldeirões (até porque naquela época as panelas eram caldeirões e eram muito comuns) realizadas pelos feiticeiros irlandeses e druidas em geral. Eles eram especializados na prática da "bruichíocht", a arte de preparar poções, remédios vegetais, licores, elixires, tinturas e especiarias culinárias.
Segundo a maioria dos pesquisadores, "bruicheolai" foi a palavra que difundiu a imagem clássica das feiticeiras preparando poções em grandes caldeirões, imagem que consolidou-se amplamente no imaginário da Idade Média.
Foi à partir deste termo que surgiu os vocábulos "brusca" em latim, e "bruxa" em celta lusitano, pois a Província Romana da Lusitânia possuía fortes laços comerciais marítimos com a Irlanda e com as Ilhas Britânicas, desde o 1º milênio A.C., sendo através deste que os feiticeiros e druidas irlandeses disseminaram as suas práticas de cura, vendendo e trocando ervas medicinais. - Do idioma lusitano, "bruxa" deu origem ao espanhol "bruja" e "brujérie", e ao catalão "bruixa" e "bruixot", que quer dizer "mágico", ao latim medieval "brousiare" , que significa "cozinhar" ou "quimar", ao bretão medieval "bre" e "breoú", que é "feiticeiro" e "feitiços" ou "encantos". Deu origem tamém ao temo árabe "mbrsh" para designar as plantas psicdélicas, principalmente a Datura.
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